20 janeiro 2004

A vida não cabe na minha estante

Sou um pessimista, ou um malthusiano literário, bem entendido: os livros que tenho para ler crescem em proporção geométrica (2,4,8,16, 32...) e os livros que leio crescem em proporção aritmética (1,2,3, 4...). Se a estante de Pacheco Pereira, como ele diz, cresce um metro por semana, numa proporção aritmética multiplicante de volumes a uma velocidade constante, qual a progressão a que são sujeitos à assimilação biológica da sua massa cinzenta enquanto leitor? Isto angustia-me. Não biblioteca de Pacheco Pereira. Mas os livros que tenho para ler numa vida que um dia destes não cabe na minha estante.

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