Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
26 janeiro 2004
Os campos de acondritos
Às vezes são as pequenas notícias que nos despertam a atenção e a inveja. No fundo de uma das páginas do Público, uma notícia fala da descoberta de um meteorito nas regiões do Anti-Atlas, no Sul de Marrocos. O que me despertou o interesse foi a expressão com que o jornalista classificou a profissão dos chefes da equipa descobridora, Carine Bidaut e Bruno Fectacy: caçadores de estrelas cadentes. Pouco me interessa, neste momento de inveja, se os dois fragmentos de meteorito são provenientes de Marte e de elevada importância. Apenas saber que existem pessoas que caminham pelos desertos à procura de restos de planetas (o que me teria ajudado bastante na altura em que tive de escolher um curso superior). Para romancear ainda mais a profissão dos dois franceses, só imaginando que escolhem a noite para vaguear pelos desertos escuros e que a sua tarefa é fácil porque, incandescentes da queda, os meteoritos ainda luzem por entre a areia.
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