12 janeiro 2004

Segunda crónica marciana

Quando vi as imagens transmitidas da superfície fui reler algumas das histórias de um dos meus livros de ficção científica favoritos: as Crónicas Marcianas de Ray Bradbury. Não sei se deva ficar triste. Marte não tem lagos de água prateada nem «verdes canais de vinho» onde flutuam «barcos tão delicados como flores de bronze».
Marte é uma extensa planície de pedras, avermelhada. E com um pouco de paciência consigo imaginar os seus habitantes, se os houvesse, sentados num pedregulho a olharem as duas luas cheias com os seus olhos amarelos como uma pequena moeda.

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