Depois do Almoço
E depois do meio-dia, os bem-vestidos vêm
Farejar por entre os mortos
E comer o seu almoço
E todos os bem-vestidos, tantos, arrancam
Do pó os inchados abacates
E remexem o minestrone com ossos dispersos
E depois do almoço
Preguiçam por aqui e por ali
Decantando o clarete em caveiras adequadas
Setembro 2002
Harold Pinter, Guerra, Quasi, 2003
(Ao final da tarde de hoje, na Fundação Mário Soares, Jorge Silva Melo leu os poemas do livro.)
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