Qualquer pessoa de bom senso devia subscrever o post do Tiago (uns quantos posts abaixo deste) sobre A Democracia e o Iraque. Concordo em pleno. A destituição e captura de Saddam valerão, moralmente, o número de mortos e estropiados que a guerra já causou? Uma democracia injectada à pressão será alguma vez uma democracia? O Iraque não é Portugal em 1974 e mesmo assim o país esteve por diversas vezes à beira de uma guerra civil. Se ali um líder político-religioso dissesse - matem-se os fascistas no campo pequeno! - eles acabavam lá mais do que mortos, esfolados. Como se está a ver com Moqtada al-Sadr.
Quanto às Nações Unidas, Tiago, tenho algumas reservas. Podem legitimar a ocupação com as resoluções que forem precisas, mas comandarem tropas combatentes no terreno, de peace enforcement, poderia ser igualmente um erro. Aquilo não é Timor, as Nações Unidas são odiadas no Iraque por causa do embargo (não são vistas como se fossem a Santa Casa), e a miscelânia de países que resultasse de uma força multinacional tornar-se-ia militarmente inoperante. Este não é de todo o melhor dos mundos possíveis.
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