Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
25 abril 2004
Tiros de pétalas vermelhas
Imaginemos uma quantidade de militares a preparar um golpe de Estado. Imaginemos que descem à cidade, à capital e centro do poder, com as suas armas. Sim, porque eles vinham armados, e as armas matam, acima de tudo. Imaginemos que eles tinham a consciência de que poderiam ter de disparar as suas armas para tomar o poder. Ou imaginemos que os do poder faziam fogo com as armas que também tinham, e que os revoltosos ripostavam. Agora, imaginemos uma quantidade de militares a fazer um golpe de Estado com flores no cano das espingardas, que acima de tudo matam. Há uma beleza romântica no dia 25 de Abril, que vai acentuar-se com o passar dos anos. À hora que os militares saíram os quartéis não imaginavam que iam terminar o dia vivos, com flores vermelho-vivo a sair da boca das armas.
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