Nos três plasmas enormes daquele restaurante em Georgetown, Washington, o jogo de futebol americano entre a equipa da Marinha e a do Exército, concentrava as atenções de toda a gente. Éramos oito jornalistas, cada um do seu país europeu, e o negócio foi o seguinte: OK, jantamos aqui, mas dentro de uma hora vocês mudam de canal para vermos o debate das presidenciais. E assim foi. Ainda estávamos a comer os bifes enormes, suculentos, as batatas fritas e os molhos, e o jogo mudou, mesmo em cima da hora. O Kerry atirou-se ao Bush e o Bush placou o Kerry, o embate durou 90 minutos, mas antes de chegar a meio foi-se levantando um burburinho, depois um barulho enorme, até que olhámos em volta e éramos os únicos a ouvir os dois homens. Bem, a ouvir não, porque não ouvíamos nada. E nós a pensar que estas eleições eram importantes. Só metade dos americanos vota. Eu também queria votar, como cidadão do mundo. Só para usar aquele "pin" no meu casaco: "When Clinton lied nobody died. Vote 4 Kerry!"
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