Não sei se sou eu que ando distraído e sou o último a saber, mas vi numa reportagem hoje transmitida que o Artur Jorge já não tem bigode. Já muito se tem falado e escrito sobre a relação entre o progresso do país e o desaparecimento do bigode, mas mesmo os espíritos mais progressistas não podem deixar de sentir uma certa nostalgia perante determinados abalos no quotidiano. Como o bigode do Artur Jorge já tinha personalidade jurídica – número de contribuinte e de segurança social próprio -, gostava de saber se o que aconteceu foi uma rescisão amigável, se o contrato terminou e o bigode se transferiu para outro lábio superior ou se pendurou definitivamente as chuteiras. E logo quando o Artur Jorge mais precisava dele, para o ajudar a suportar as temperaturas negativas do Inverno da Rússia, onde se encontra actualmente a treinar. Nunca se podia ter a certeza onde acabava o bigode e começava a gola da samarra (ou onde terminava o chapéu típico de pele que os russos usam na cabeça). Ou talvez os dois acontecimentos estejam relacionados. É que um bigode daqueles ainda é capaz de trazer muitas más recordações para aqueles lados.
Com uma simples navalha de barba, Artur Jorge terá feito mais pelo progresso do país do que todas as medidas do Ministério da Ciência e do Ensino Superior dos últimos anos.
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