Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
24 fevereiro 2004
Observações sobre a inversão de prioridades num jornal atrasado
Na primeira página do Público de Sexta-Feira, a notícia com maior destaque era: «Cirurgias da Lista de Espera Feitas no Horário Normal de Trabalho». Na última, que «Dois Observatórios de raios X fotografaram o massacre de uma estrela do tamanho do sol». Duas observações. Em primeiro lugar, a perda do sentido das proporções, que os leitores podiam facilmente ignorar invertendo o sentido da leitura. Em segundo, que os jornalistas da área da ciência têm o privilégio de poder escrever coisas como: «Tudo se passou num ápice. O enorme buraco negro despedaçou uma estrela parecida com o nosso sol, tragou um bom pedaço dela e pulverizou o resto pelas redondezas, como quem deixa toneladas de migalhas depois de se banquetear.»
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