O Público de domingo publicou um artigo de Timothy Garton Ash sobre os atentados. Tem mais algumas repostas interessantes.
«Isto não significa que a minha resposta a estas atrocidades seja passiva. Mas a resposta correcta não está - como os comentadores da estação televisiva americana Fox News querem fazer crer - em duplicar os ataques militares para fazer desaparecer "o inimigo" no Iraque ou noutro país qualquer. A resposta está num policiamento especializado e numa política inteligente. Recusando calmamente a metáfora melodramática da guerra, a Polícia Metropolitana de Londres descreveu os locais do metro e autocarro que sofreram os ataques bombistas como "cenas do crime". (...)
Um acordo de paz entre Israel e a Palestina removeria outro grande centro de recrutamento de terroristas islâmicos. E, é claro, unir esforços com vista à modernização, liberalização e eventual democratização do grande Médio Oriente é a única forma certa e duradoura de drenar o pântano onde se reproduzem os mosquitos terroristas. Neste campo, é mais a Europa do que os EUA que precisa de abrir os olhos, urgentemente, para a necessidade de tomar mais medidas. Hoje em dia, os acontecimentos que ocorrem lá longe, em Cartum ou Kandahar, têm um impacto directo sobre nós - por vezes fatalmente, enquanto nos dirigimos para o trabalho, sentados numa carruagem do metropolitano entre as estações de King Cross e Russel Square. Deixou de haver política externa. Talvez seja esta a lição mais profunda a retirar do ataque terrorista de Londres.»
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