Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
31 julho 2005
«9 Songs», Michael Winterbottom
Há filmes que é desconfortável ver numa sala de cinema lotada. Especialmente se durante uma cena explícita de sexo oral temos de um lado um senhor de 50 anos com ar de quem se enganou no filme e do outro um casal que veio só pela música. A impressão geral é a de que algumas cenas foram filmadas apenas para chocar e de que há filmes pornográficos com enredo mais elaborado. As letras das canções contam a história que os actores estão demasiado ocupados para contar e há boas imagens da Antártida. No final, ficaram mais pessoas a ler os créditos finais do que é habitual.
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2 comentários:
Subscrevo a crítica. E pensar que me recomendaram tanto o filme! C.C.
Também fiquei a ver os créditos finais, mas não pela mesma razão de outros, imagino, à espera de recuperarem a flacidez. Não é um filme erótico. Não dá assim grande tusa, digamos, por ser demasiado cru. É preenchido por um enorme vácuo, embora tenha uma virtude: consegue dar ideia do que é a intimidade que só se sabe o que é vivendo-a - não mostrando-a. E isso o filme mostra.
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