Entre informação realmente importante, um artigo da revista Ler refere que existiu uma cidade no norte do Egipto devotada ao culto do falo do corpo desmembrado do deus Osíris, nunca encontrado por Ísis. Há muitas cidades antigas soterradas pela areia dos desertos e das praias, mas não conheço muitas com estas características. O Egipto tem Per-Medjed, Portugal tem Tróia e o falo perdido do Caniço.
(Também seria interessante saber se se faziam procissões no Antigo Egipto e quem é que carregava o andor, mas não me parece que o problema esteja entre as prioridades da comunidade arqueológica.)
1 comentário:
Das várias cosmogonias egípcias que surgiram durante os três milénios de esplendor do Antigo Egipto, a mais importante foi a de Heliópolis, dedicada ao deus-sol, Atom-Ra. Nesse mito primordial, num acto de verdadeiro onanismo divino, Atom criou a enéiada - os nove principais deuses do panteão do Egipto- masturbando-se.
Fê-lo, portanto, usando o falo.
Questão que permaneceu polémica, mesmo entre os demiurgos. Num posterior workshop de deuses onde se debateu o criacionismo, Atom ("membro" do painel em causa) foi questionado porque razão teria lançado mão de tal método na forma de gerar o cosmos. Quiçá, poderia ter incumbido da tarefa outro deus, que na tarefa usasse, por exemplo, da palavra para o fazer. Célebre terá ficado a sua retórica , e lacónica, resposta ao conferencista. Um cosmos bem criado? Falo você mesmo.
P.S.: A questão do andor, ainda que acessória, tem alguma pertinência. Parece-me que não deveria haver muitos candidatos à função. Sabendo-se, como se sabe, que um andor se transporta às costas, não estou a ver quem se disponibilizaria para ficar em tal ingrata posição, debaixo de um falo.
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