Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
24 março 2005
A infância é uma rua que tende a ficar desabitada. A minha perdeu hoje mais um habitante, o Sr. António, tio do Paulo, que marcou toda a geração que cresceu na Rua de São Pedro (no Algueirão) entre o final da década de setenta e a de oitenta. Cresceu na zona oriental de Lisboa e a família contava que na juventude tinha sido um grande nadador, no Tejo. Nós só já o conhecemos com um pulmão e um corpo seco e curtido que o fazia parecer um velho marinheiro afastado do mar, bem-disposto e com um gosto particular por vinho tinto. No Carnaval punha um balde de água à porta da loja onde trabalhava para nós podermos encher as bisnagas. Obrigado.
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