Uma das personagens de Noites Brancas de Dostoiévski é uma rapariga que vive sozinha com uma avó cega. Esta, para controlar os movimentos da neta, prende o seu vestido ao dela com um alfinete e passam assim longas horas sentadas a tricotar e a ler alto, respectivamente. Isto serve de exemplo de como as limitações à liberdade podem ser tão fortes ou tão fracas como um alfinete (ou uma avó). E de como muitas vezes as restrições estão dependentes da aceitação tácita de quem é restringido.
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