É-lhe impossível existir sem inimigos. Sem poder manifestar-se contra. Agora é a comunicação social, tão útil em tantos momentos, tão utilizável, o maior dos seus adversários, porque não o leva ao colo. Pedro Santana Lopes apostou ontem na vitimização, mais uma vez menino guerreiro, num tom irritado que nunca se lhe tinha visto. Santana cria os seus próprios moinhos de vento, sem perceber que o seu maior inimigo vive dentro de si.
Santana Lopes, o incumbente, aquele que detém o poder, comporta-se como sempre se comportou: como um challenger, como um opositor, porque ele foi formado nessa escola, porque ele é só emoção, porque não consegue olhar para a política sem ser de forma adversarial. Foi adversário de Balsemão, de Cavaco, de Nogueira, de Marcelo, de Durão. É claro que é mais complicado ser-se adversário de si mesmo, mas através de uma análise mais profunda, um psicólogo explicaria melhor as tensões que vão no íntimo desta interessante criatura.
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