Acredito por momentos na validade de algumas teorias idealistas quando visito bibliotecas. Passo a tarde mais em lugares criados concretamente no cérebro do que numa mesa da biblioteca. Os estudantes lêem muito longe de mim, em outras cidades. Quando ponho os auscultadores, o fenómeno amplifica-se: estou em São Petersburgo, num bar da 52nd Street e na biblioteca da Faculdade de Letras. Sou um leitor externo e só agora entendo o significado da classificação.
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