Hermes pode não ser bonito mas é um nome alado. Era o nome do meu avô, Hermes Rodrigues da Silva, e sempre gostei dele sobretudo pelo significado. Hermes, para os gregos, era o filho de Zeus e de Maia, neto de Atlas. Nasceu numa caverna no monte Cilene, na Arcádia e manifestou imediatamente uma admirável maturidade precoce e qualidades de inteligência extraordinárias. Era um recém nascido quando fugiu do berço para a Piéria. Adorava travessuras. Era um deus divertido. Roubou os bois de Apolo. Na Odisseia, Homero refere-se sempre a ele como Hermes, o matador de Argos. É o deus dos ladrões e o seu mensageiro, músico e encantador. Um belo nome. A sua pior tarefa era conduzir as almas do mundo dos vivos ao reino das Sombras. Um deus ocupado, portanto.
O meu primo, da minha idade, chamava-se Tito Hermes. Morreu aos 25 anos num desastre de mota. Esta era uma pequena homenagem. O pai dele chama-se Joaquim Hermes. A minha mãe não recebeu o nome, mas é conhecida como a Maria José Hermes. Durante muito tempo o meu irmão assinou Rui Hemes. Na minha terra ninguém sabe quem é o Vítor Matos. Seria preciso acrescentar: é um dos Hermes. Mas esta semi-clandestinidade durante um ano e tal de blogue incomoda-me. Devolvo-me ao mundo dos mortais com o meu nome de mortal: passo a assinar os posts com o meu nome verdadeiro: Vítor Matos.
4 comentários:
Os super-heróis nunca revelam a sua identidade secreta. Vou propor que te seja instaurado um processo disciplinar com vista a uma eventual expulsão. Acho que consigo reunir a maioria dos votos no Conselho de Jurisdição. O Super-Pato, o Super-Pateta e o Morcego Vermelho apoiam a minha posição. (Quer dizer que já não precisas de ir a uma cabine telefónica trocar de fato antes de escrever um post?)
Sim, dá-me jeito. Agora as cabines telefónicas fechadas acabaram, transformando-se em orelhões a descoberto, e não dá jeito nenhum a um super-tipo mudar-se.
É o fim de mais um mito!
(Que se seguirá? O Araújo revelar-nos que também usou máscara e que o seu verdadeiro nome próprio é Soraia?!...)
Pronto, eu sabia, isto transformou-se numa bola de neve. Agora sou obrigado a revelar que eu e o Bananaman somos uma e a mesma pessoa. Está esclarecido o mistério: é por isso que nunca nos viram juntos.
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