02 julho 2004

Um por todos, todos por nenhum

Um homem. Bastou a vontade de um homem para o país ficar num alvoroço e agora parece que ninguém serve. Isto assusta. Numa democracia não devia ser assim. A pluralidade devia ser sinónmo de existência de muitas escolhas possíveis. E de gente boa para escolher à direita e à esquerda.

Durão Barroso escolheu a Europa, e seria difícil a um português rejeitar essa oferta. Mas devia haver algum sucessor no Governo, membro do Governo e do partido, que as pessoas pudessem ver com naturalidade no cargo de primeiro-ministro, mesmo que não concordassem com ele. O mesmo se passa no PS. Se houver eleições, quem é que está a ver Ferro Rodrigues como primeiro-ministro, depois de ter provado que não tem esse estofo, pela maneira como reagiu ao processo da Casa Pia?

O rectângulo está em risco. Alguém nos acode? Retiro a proposta do golpe de Estado. Talvez não houvesse ninguém a quem valesse a pena entregar o poder. A dona Constança não quer entrar nesta festança?

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