02 julho 2004

Primeiro-ministro sob caução, não!

O FC Porto é Campeão Europeu, Portugal está na final do Euro 2004, Durão é presidente da Comissão Europeia. Fizémos o pleno. Mas no campeonato nacional ainda está tudo por decidir. Santana já lidera o PSD, mas as coisas em Belém não estão claras. Ninguém é capaz de afirmar hoje, com a mesma convicção de há uns dias, que Jorge Sampaio não vai convocar eleições antecipadas.

Há um cenário que tem sido lançado, mas é indesejável: o do Presidente aceitar Santana se ele levar nomes fortes para as pastas económicas. Se Santana Lopes for aceite por Sampaio levando como caução nomes tão fortes como António Borges (nas Finanças) ou António Mexia (na Economia), para garantir a credibilidade do Governo, esta seria uma má solução. Por quê? Ou bem que se confia em Santana, ou bem que não se confia. Nomeá-lo primeiro-ministro por causa dos seus ministros faria dele um débil chefe de Executivo, que teria de se demitir um dos seus ministros um dia se fosse embora.

Santana deve ser primeiro-minstro, se os portugueses votarem nas listas do PSD, em eleições antecipadas. Instabilidade por instabilidade, a instabilidade já foi lançada.

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