"Temos uma ditadura. Chama-se democracia", disse por estes dias o camarada e grande educador do povo Arnaldo de Matos, ex-grande líder do MRPP, num debate sobre o 25 de Abril - conta-nos o jornalista Adelino Gomes no Público de hoje.
É claro que se mantém o interesse em ouvir estas velhas carcaças revolucionárias, do mesmo modo que o arqueólogo olha para a cerâmica em cacos. "A democracia é a mais suave das ditaduras", ensina-nos ele, cujo ideal seria quem sabe uma ditadura mais rija. O mundo de quem ainda pensa assim hoje é um gueto mental, onde também habitam os comunistas. A esquerda não é isto, nunca o devia ter sido. O camarada Arnaldo é uma velha pintura num mural de uma parede decrépita.
Mas não esqueçamos: foi ele que moderou alguns dos ímpetos mais revolucionários do jovem que hoje preside à Comissão Europeia, quando mandou o camarada Zé Manel devolver à procedência a mobília roubada ao presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Direito...
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