11 abril 2005

Comprei quatro livros do Emílio Salgari num alfarrabista ambulante do Príncipe Real. Dizer que comprei uma máquina do tempo por quatro euros é um exagero de linguagem e um lapso sentimentalista indigno dos duros e aventureiros personagens do escritor italiano. Limito-me por isso a transcrever o início do primeiro:

Ao romper do sol, com a maré alta, entre o rufar dos tambores e o som dos pífanos, o tiroteio dos bucaneiros e os hurrahs estrepitosos, saía do porto a expedição, sob o comando do Olonês, do Corsário Negro e de Miguel o Vascongado.
A expedição compunha-se de oito navios armados de oitenta-e-seis canhões, dezasseis dos quais embarcados no navio do Olonês e doze no
Relâmpago, e tripulados por seiscentos-e-cinquenta corsários e bucaneiros.
O
Relâmpago, sendo o navio mais veloz, navegava à frente da esquadra, servindo de explorador.

Parece que mais uma vez, por algumas horas, também farei parte da tripulação.

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