Há três dias que me ando a preparar para a chegada da vaga de frio polar. Comprei algumas latas de atum, tirei as luvas do fundo da gaveta e só não calafetei portas e janelas porque nunca percebi muito bem a técnica. Tenho saído pouco de casa, sinto-me como um americano dos anos 50 que construiu um bunker no quintal para sobreviver a um inverno nuclear. A vaga está atrasada mas a data de validade do Atum Ramirez só expira no final de 2008. A minha mãe manda-me ter cuidado com os aquecedores.
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