Não seria de estranhar, se ele próprio não fosse um homem de futebol. Santana Lopes pensa de forma aritmética e não matemática. Faz contas. Não resolve equações. Por isso, quando os cálculos se desenrolam, chega ao fim com um resultado tão diferente daquele que candidamente tinha previsto. O futebol tem a ver com o que se segue:
1. Pôncio Monteiro, debatedor portista no Donos da Bola (Santana era o do Sporting e Fernando Seara o do Benfica), foi escolhido como nº2 no distrito do Porto para sacar votos aos adeptos do FCP que estavam irremediavelmente perdidos por causa das guerras de Rui Rio com o clube da cidade.
2. Pôncio, mesmo respondendo que sim ao apelo de Santana, acabou por dizer o que verdadeiramente pensava de Rio, porque não é um político, e porque gosta mais do seu clube do que do seu partido. E, já agora, dizer mal de Rio até dava votos ao PSD entre os portistas mais ferrenhos;
3. Logo, foi um erro político convidar o senhor, porque misturar estas coisas dá sempre mau resultado, quer as estratégias funcionem quer não funcionem. Neste caso o critério foi péssimo. 4. Pôncio foi afastado através de um processo no mínimo estranho, uma situação muito pior do que ter sido convidado. Santana foi mais uma vez enxovalhado em público com argumentos não muito diferentes daqueles que o seu ex-amigo Henrique Chaves usou.
5. Com tudo isto, o PSD não só não conquista os portistas que recusam votar PPD, como fez aparecer outra mão cheia deles que nem quer ouvir falar no partido.
6. Santana fez as contas de somar e de subtrair com o coração (sabe como as pessoas reagem emotivamente ao futebol), e obteve mais um resultado negativo porque não percebeu a equação onde estava a mexer.
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