Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
01 março 2004
O carapau do Tim Burton
Vítor, é difícil não concordar com a tua argumentação. Mas o teu texto fala da ideia geral de imaginação e memória, de pais e de filhos, e não da concretização dessa ideia em filme. Entre os irmãos Lumière e Tim Burton vai um século de cinema. Dos milhares de filmes produzidos em todo o mundo nesse período de tempo, a maioria transporta-nos para universos estranhos de criatividade, mesmo que em ambiente realista. Mas uns são melhores do que outros. Não basta uma boa ideia para fazer um bom filme (ou um bom livro, um quadro belo). Mesmo assim, devo relembrar que gostei do filme. Mas não mais do que três estrelas e um pequeno cometa. A outra estrela e meia vais ter de justificar num novo texto (tu ou o Armando, ao abrigo do direito de resposta), onde fales da interpretação dos actores, do argumento, da realização. Quanto ao resto, concordo contigo, a nossa vida é feita de mais construções mentais, da manipulação criativa da memória, do que nos apercebemos. E, mais importante, da memória dos outros.
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