O interessante na pintura mais recente de Lucian Freud é o modo indiferente e amoral com que pendura as peças de carne pelo espaço. Não é como a de Francis Bacon, em que a carne já está retalhada no gancho que a suporta, gerando repulsa e necrofilia. Nos quadros de Freud, as pessoas não foram apanhadas num qualquer momento especial das suas vidas. Estão inertes, sonolentas, prostradas e o desejo existirá antes ou depois daquele momento. Não sabem que estão a ser pintadas ou não têm forças para oferecer resistência.
1 comentário:
Ainda assim não sou grande apreciador de Lucian Freud, não que eu seja vegetariano. Mas o hiper realismo expressionista (gosto particularmente das designações) é coisa que aprecio pouco. Talvez seja uma questão física, talvez emocional...
Enviar um comentário