A edição especial de fim de ano da Economist levanta uma questão interessante: a relação entre desenvolvimento económico e felicidade.
Somos 3% mais felizes quando a economia cresce 3%? Somos mais felizes na China, onde a economia cresce loucamente, na Finlândia, onde os indicadores de desenvolvimento são os melhores do mundo, nos Estados Unidos, onde fica a capital do Império, ou em Belize onde o pessoal anda de chinelos a dar mergulhos entre os corais?
Uma vez entrevistei um economista ilustre, um senhor idoso chamado David Landes, que escreveu um este livro: "A Riqueza e a Pobreza das Nações", porque é que umas são mais ricas e outras mais pobres. Ele dizia qualquer coisa como isto: nos países desenvolvidos, a felicidade é um subproduto. Perguntei-lhe se podíamos medir a felicidade. Ele disse que não. Para que é que tudo isto serve, então? Ele respondeu-me com a história de um livro que estava escrever, sobre herdeiros de grandes fortunas, dizendo que fulano de tal passava o dia a jogar ténis e a andar em grandes carros... não seria feliz? Mas não seríamos nós, eu jovem e ele velho, mais felizes porque até gostamos de trabalhar?
Não sei onde esta conversa toda nos poderia levar...
1 comentário:
Tudo o que sabemos é que é difícil ser-se feliz quando se tem fome, uma doença ou um dos nossos familiares morreu de uma destas causas. O desenvolvimento dá-nos, pelo menos, uma margem de escolha. A partir de um certo patamar, temos os meios para tornarmos a nossa vida feliz ou infeliz.
Bem-vindo de volta. Os teus posts faziam bastante falta para ressuscitar o blogue.
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