Somos a geração mais melancólica ou estamos com a idade mais melancólica. Recomeçou ontem à noite a Galactica (SIC Radical). Quando acabou a reposição do primeiro episódio tive vontade de ir tocar às campainhas do Armando, do Pedro, do Paulinho, do Eduardo, do Paulo Sérgio,... para descerem à rua e começarmos a decidir quem é o Apollo e quem é o Starbuck. Mas o Eduardo mudou-se para o Porto, o Paulo Sérgio para o Algarve, o Paulinho regressou há pouco do Brasil e não sei onde está, muitos dos outros vivem em Alfa de Centauro, Aldebarã ou outros lugares longínquos com nomes suburbanos e a nossa rua é a de uma cidade-fantasma, por onde rolam aquelas plantas redondas dos westerns. Só o Armando e o Pedro é que continuam mais perto, mas somos poucos para formarmos uma esquadrilha de caças inter-galácticos.
O grau de sofisticação da tecnologia e dos efeitos especiais não é tão elevado e a ingenuidade da história e dos diálogos é maior do que me lembrava, mas não deixa de ser a melhor série de ficção científica de sempre.
(Armando, está bem, como és louro podes ser o Starbuck. Eu fico com qualquer outro, desde de acabe com a irmã do Apollo.)
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