Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
14 junho 2004
Um dos conceitos mais interessantes da área dos estudos eleitorais é o do votante sofisticado ou inteligente. Simplificando, o eleitor não vota na que seria naturalmente a sua primeira escolha, mas tendo em conta outros factores, aritméticos ou simbólicos. Os eleitores têm motivações diversas e insondáveis e a agregação dos seus votos em percentagens torna-se na proclamação de um oráculo que «não revela nem esconde, dá sinais.» O facto de, esta noite, os sinais serem múltiplos e contraditórios revela apenas que precisamos de intérpretes mais sofisticados e inteligentes e de mais sociologia eleitoral.
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