Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
24 junho 2004
Demoliram uma fábrica e o rio já nos corre frente à janela. É apenas uma faixa estreita de rio, a trezentos metros de distância, mas já dá para mergulhar, molhar imaginariamente os pés ao fim da tarde. É um salto para a água mais horizontal do que vertical, com elementos técnicos que contrariam as leis da gravidade. Dentro dela, a trezentos metros de distância, é mais fácil suportar o calor das águas-furtadas e a tarde de trabalho. Por vezes, um navio acosta e tapa-nos a vista com uma parede de metal; prolongamos ainda mais o exercício de transmigração e partimos com ele, clandestinos.
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