Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
17 junho 2005
O que diz Immanuel
Diz Kant que «a felicidade não é um ideal da razão, mas da imaginação, que assenta somente em princípios empíricos dos quais é vão esperar que determinem uma conduta necessária para alcançar a totalidade de uma série de consequências de facto infinita.» (Fundamentação da Metafísica dos Costumes, 1785) A felicidade é um bem subjectivo, que cada indivíduo constrói de modo diferente, a cada momento, a partir de elementos infinitos. É por isso que, segundo Kant, não pode ser erigida como padrão de moralidade. Está calor, as venezianas estão fechadas e na sombra da sala o sopro da ventoinha incide directamente sobre o meu corpo inerte no sofá. Talvez isto seja de algum modo a felicidade, mas não me passaria pela cabeça tentar torná-lo lei universal.
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