Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
12 abril 2008
Boletim polínico
Lembro-me de ter lido alguém que defendia que o que define o Mediterrâneo são as oliveiras. Foi por isso com alguma estranheza que percebi, ao analisar o relatório de alergologia, que tenho uma alergia de grau 4 à Olea Europaea. Do ponto de vista da adaptação ao meio, o meu ramo genético já se devia ter extinguido há muito ou emigrado. Mas não. O meu pai nasceu mesmo numa freguesia com o nome de Oliveira, do distrito de Braga. É muito provável que eu descenda de povos de ciprestes ou de cedros, com implantação recente no território peninsular. Ou então, o meu antepassado era aquele lusitano que investia contra os inimigos de lenço de couro a segurar o pingo no nariz e do qual as crónicas, injustamente, não registaram os feitos.
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