Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
13 abril 2008
Até há pouco tempo raramente tinha manhãs de domingo. Lembro-me de insultar baixinho a minha irmã mais nova que acordava cedo ao fim-de-semana e queria ver os desenhos animados. Na adolescência, aos sábados à noite seguia-se o domingo à tarde. Era capaz de dormir doze horas seguidas sem qualquer remorso. Agora que as recuperei, consigo perceber que são algumas das melhores horas da semana. Ao sábado, há o comércio, pessoas a carregarem sacos de compras pela rua e a lerem os semanários nas esplanadas. Aos domingos é possível subir e descer colinas, a perseguir as linhas dos eléctricos, sem ver muito mais do que alguns homens e mulheres a caminho da missa. Hoje, fui para a Madredeus. Descobri um nome de rua que dava um bom título para um romance sul-americano: Travessa do Recolhimento de Lázaro Leitão. Ainda assim, que fique claro, preferia ficar a dormir.
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