Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
19 junho 2006
Diário de Barcelona em 126 palavras
Estive de férias. Fui engolido por um grande peixe, como Jonas, nas casas Batló e Milà, de Gaudí, com tectos suportados por arcos parabólicos, como o interior de um tórax, e linhas curvas e orgânicas, como as entranhas de um animal marinho. Se fosse como nos desenhos animados, teria encontrado um marinheiro sentado nos destroços de um barco de madeira e saído no jacto do buraco de respiração da baleia. Como são apenas casas, saí pelas portas de vidro e ferro forjado para as ruas de Barcelona, onde há pessoas a andar por todo o lado, a todas as horas, e sentadas nas esplanadas ou nos bancos públicos das praças. Comi gaspapxo, paella e frango com ameixas e volto gordo e cansado como um pugilista reformado.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Lembra-me para te oferecer um caderno com mais linhas, onde caibam mais palavras destas.
Qualquer apaixonado pela vida se sente em casa na cidade sagrada e consagrada!O António é fabuloso!
era eu !
Os entrelaçados caminhos "Gaudianos" que nos prendem na imensa teia artística que é Barcelona deixam de rastos qualquer um. Principalmente quando a paixão é muita e os dias são poucos.
Enviar um comentário