25 outubro 2007

um eléctrico chamado prazeres

Longe de New Orleans, há um eléctrico chamado prazeres, que termina em graça. Para o outro lado, termina no largo em frente ao cemitério. Entrei nele pela primeira vez há pouco tempo, numa visita mais ou menos cultural. Os mortos, passadas várias gerações e estando mortas também as pessoas que os conheceram pessoalmente, são apenas história e antropologia. Podemos passear pelas alamedas de ciprestes sem qualquer sentimento mórbido, como quem passeia ao fim da tarde por um bairro suburbano.
No resto da cidade, a arquitectura é o resultado de um equilíbrio entre demolição e construção. Por isso é nos cemitérios que podemos analisar mais claramente a sucessão dos estilos arquitectónicos. Mausoléus e jazigos neoclássicos, neogóticos, arte nova, modernistas lado a lado, em filas intermináveis, com nomes de famílias que se perpetuam e extinguem do lado de fora dos muros.

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