20 julho 2007

Quem me conhece sabe que os meus genes heterossexuais foram totalmente dirigidos para as mulheres. Não sobrou nada para os automóveis. Não sei quanto cilindros é suposto terem, nunca comprei a Automotor e acho que só a Volta à França em Bicicleta é mais aborrecida que o Grande Prémio do Mónaco. Durante alguns anos optei mesmo por não ter automóvel e fazer as minhas viagens pela cidade a ler no banco de trás dos transportes públicos.
Por motivos inesperados o prazer da condução voltou. Quando comprámos o carro, ele vinha com leitor de cassetes. As minhas e as da J. já estavam guardadas no caixote do lixo da história, no fundo de um armário, para onde o avanço da tecnologia as mandou. Foi possível voltar a ouvir coisas que nos ajudaram a suportar a adolescência, pela mesma ordem em que as gravámos, com os mesmos cortes abruptos. Ontem, cruzei a noite e o Eixo Norte-Sul ao som de Sugar Kane dos Sonic Youth.

3 comentários:

Cláudia disse...

Será que ainda compram uma TV plasma daquelas tipo cinema em casa?? :))

Desculpem a visita que fiquei a dever. O tempo tem sido pouco. Quando acalmar o trabalho vou a Lisboa outra vez.

Anónimo disse...

Ainda me lembro de pensar que os CD nunca iriam acabar com as cassetes. «Como é que vamos poder fazer aquelas misturas para oferecer aos amigos em CD?», pensava eu. Era muito caro. Mas afinal os CD derrotaram as cassetes e eu nunca mais gravei músicas para oferecer aos amigos. Gisela, anteontem ouvimos a cassete III que me gravaste em Junho de 1996. Foste tu que me deste a conhecer P. J. Harvey, obrigada.

Cláudia, não temos plasma, só uma TV pequenina, mas és muito bem-vinda lá em casa sempre que quiseres.

Anónimo disse...

He He :) Bons velhos tempos. Quem me dera ainda ter as minhas cassetes. Agora podemos gravar CDs com musica "roubada" da internet.