O alemão Johannes Kepler sofria de visão dupla. O dinamarquês Tycho Brahe usava uma cana do nariz em prata para substituir a de osso, irremediavelmente danificada num duelo. Este par de improváveis astrónomos encontrou-se em Praga no magnífico ano de 1600. Ambos devem ter apreciado uma vista parecida a esta há 400 anos, sobre o Vlatva, com a lua a tocar nos pináculos do castelo da cidade. Kepler baseou-se na exactidão dos cálculos de Brahe - protegido do habsburgo Rudolfo II -, para aperfeiçoar o seu sistema solar, quando ainda se acreditava que era a terra o centro do universo. Esta história dava um romance: dois astrónomos e matemáticos brilhantes, um rei à beira da loucura e os charlatões que o rodeavam.
1 comentário:
Já deu um romance: Kepler, do John Banville...
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