No princípio a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito movia-se sobre a superfície das águas. Agora já não. A Laura nasceu há uma semana. Observa-nos com o mesmo olhar de curiosidade e incompreensão com que a observamos a ela. É como olharmo-nos a um espelho para nos aprendermos a reconhecer. Ainda não conseguimos atravessá-lo, embora por vezes as mãos e os braços mergulhem até ao fundo para a resgatar do choro no interior das águas. Estamos a habituar-nos a novas rotinas e os dias têm passado muito rápido. Ao sétimo dia, descansámos, que a criação de um mundo provoca fadiga para além do orgulho.
(Obrigado a todos pelas mensagens de boas-vindas que nos chegaram por correio, correio electrónico, telefone, sms e comentário no blogue.)
1 comentário:
Deixa-me partilhar convosco um pouco dessa felicidade. Os meus parabéns para os três que nunca são atrasados quando o destinatário é uma vida inteira! Que Deus (ou algo semelhante em que acredites) te conceda a magia de fazeres as escolhas certas na tua relação com a Laurinha. Abraço
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