Devemos à conjunção de um espelho e de uma enciclopédia a descoberta deste mundo. Por Vítor Matos e Tiago Araújo
13 outubro 2005
Ao largo na Graça
Pode. Tire lá a fotografia. Assim 'tá bem? Deixe-m' ajeitar o boné… E o cigarrinho? Vou dar uma passa no cigarrinho. Ficou bem? Sou aqui da Graça, pois, sou daqui. Agora isto há prá’qui muita gente. É a esplanada há uns dois anos. Dois anos? Se calhar há mais... Já custo a andar. Só com a bengala. E devagar. São os anos. Uma data deles. Bailei muito nesses Sant' Antónios. Agora tod'á gente vem p'ráqui. Acho bem. A malta tem de se divertir, não é? Vou andando devagarinho, assim, 'tá a ver. Visto o fatinho, já tá velho, e dou uma volta, vejo a vista, as camones, até assobio a elas, dou pão aos pombos, bato uma manilha ali no largo, quando calha. Já não posso dar no tinto, mas às vezes vai um gole no branco, eh, eh. É assim. Saudinha da boa!
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6 comentários:
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"É a esplanada há uns dois anos. Dois anos? Se calhar há mais..." mais concretamente desde o meu 12º ano, na altura ainda como extensão do extinto bar Ópera, já lá vão catorze.
Garanto-te que ele disse dois, garanto. Mas o homem já não está em grandes condições, há que ver.
fantástico! :) que patusco, o senhor.
Perdoa a minha "ignorância", mas o que é que ele queria dizer com "bato uma manilha ali no largo, quando calha."?
Ora,
Manilha é um jogo de cartas...
e batem-se com as cartas na mesa...
porque bater alguma coisa pode ser mais do que isso, quando calha.
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